
Queria me dedicar a realidade infernal... mas, não consigo resistir ao schopy sobre este balcão...
O espelho, o olho e a prostituta que vai dar a luz.
O olho não vê, ele engana, quando recebe a luz refletida dos objetos a sua frente, ele as inverte e coloca tudo de pernas para o ar. Cabe a cada um tentar reorganizar o que vê, e toda certeza se desmancha no olhar... São Tomé é o maior otário da contemporaneidade, pra ele basta ver pra crer...
O espelho sempre me lembra Narciso que se afoga cheio de si mesmo, lembrando aos pobres mortais, cheios de vícios e virtudes, que dentro de cada um tem mais perversão do que capacidade de aprender com sua conduta ou com a dos outros (lembrando que as virtudes podem ser mais perversas que os vícios)... cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é...Os pensadores do século XVIII acreditavam que a razão seria a luz que tiraria a humanidade das trevas da ignorância, no final do século XIX surgiram pensadores vorazes como Freud, Marx e Nietzche que mostraram que a razão é como uma frágil casca de ovo segurando toda a meleca que temos por dentro, se chacoalhar...choca e apodrece, se cair...quebra, e se esquentar com carinho... sai um pintinho. No século XX, a racionalidade das indústrias, das guerras,do capitalismo, do individualismo fudeu com tudo, é aquecimento global, destruição, depressão, violência urbana... e o que sobrou para nós? Seguir a prostituta ou fazer uma filha com ela?
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